sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

Antigo pupilo de antecessores pode resolver o problema de Dorival no Santos



O técnico Dorival Júnior estuda recorrer ao volante Alison, antigo pupilo de três dos últimos quatro treinadores do Santos para solucionar o seu principal problema nesse início de temporada.

O comandante santista tem dificuldades para acertar a defesa, modificada de forma forçada pela séria lesão muscular sofrida por David Braz no fim do último ano. O setor conta com apenas com a dupla titular atual formada por Gustavo Henrique e Lucas Veríssimo, o último vindo do Santos B neste ano e já alvo de críticas dos torcedores.

Alison treina normalmente desde outubro após passar por nova cirurgia devido ao terceiro rompimento do ligamento cruzado anterior do joelho direito, no clássico contra o São Paulo, em 11 de fevereiro do último ano, também pelo Campeonato Paulista.

Desde então, encontra dificuldades para retornar e já se candidatou a atuar como zagueiro para ajudar o treinador. O camisa 5 ficou à disposição nas rodadas finais do Brasileiro, no último ano, mas não encontrou espaço devido à boa fase da dupla titular, formada por Thiago Maia e Renato.

A ideia de atuar na zaga não é nova. Em 2014, o técnico Oswaldo de Oliveira testou várias vezes o jogador em treinamentos e chegou a deslocá-lo para a função nos minutos finais de alguns jogos.

Dorival, também, já falou publicamente que avisou os volantes que exigirá uma readequação de postura no jogo de alguns nomes que tenham mais características de marcação, casos de Alison, Lucas Otávio e do colombiano Edwin Valencia.

Desde o retorno, Alison faz trabalhos para aprimoramento de passe e desenvoltura em seu jogo. Apesar disso, o jovem conquistou a confiança de três técnicos no Santos: Claudinei Oliveira, Oswaldo de Oliveira e Enderson Moreira.

Claudinei foi o responsável por subi-lo, em 2013, e bancar a sua titularidade pouco após a saída de Muricy Ramalho. O volante tinha poucos meses de contrato e acabou renovando.

Posteriormente, com Oswaldo, perdeu praticamente todo o Paulista do ano seguinte, devido a uma lesão no púbis, mas voltou prestigiado com o treinador, que o elogiava publicamente, mas ponderava o seu excesso de vontade nos jogos. Com Enderson foi da mesma forma.

O jogador só não engrenou com Marcelo Fernandes porque já estava machucado quando assumiu o cargo de treinador. Fernandes, por sinal, enfrentou o pior momento com relação aos volantes devido a série de lesões no setor, chegando a improvisar o meia Rafael Longuine.

Braz é o único titular absoluto, mas ainda se recupera de uma lesão grau três no músculo adutor da coxa esquerda e não tem pressa para retornar. A previsão é que o zagueiro volte aos trabalhos de campo em até 15 dias. Paulo Ricardo, substituto imediato no último ano, sofre com incômodos musculares.

Uol

Nenhum comentário: