sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Bruno Uvini agradece "escola italiana" por evolução e comemora sequência

Zagueiro destaca aprendizado nas duas temporadas de Napoli, apesar das poucas chances, e diz que oportunidades têm ajudado a colocar tudo em prática no Santos

Bruno Uvini fez só três jogos nas duas últimas temporadas pelo Napoli, mas a experiência na Itália tem sido importante para sua afirmação no Santos, clube para o qual está emprestado até o fim do ano. No clube italiano, além dos treinos com o grupo, ele realizava atividades específicas para zagueiros (o trabalho em setores é uma marca do futebol europeu). E dentre os fundamentos aprimorados está a saída de jogo. Prova disso foi o lance que originou o segundo gol da vitória por 3 a 0 sobre a Chapecoense, no último sábado.

Um lançamento de Uvini, do campo de defesa, pegou a zaga do time catarinense de surpresa. Thiago Ribeiro aproveitou e deu o passe para Gabriel conferir. Segundo o zagueiro, trata-se de uma jogada trabalhada na Itália e que foi aprimorada na última semana, nos treinos com o técnico Oswaldo de Oliveira.

– Lá (na Itália) consegui evoluir muito nesse fundamento (saída de jogo), pois usávamos muito esse tipo de jogada. Quando eu retornei para o Brasil, o professor já gostava bastante desse lance e, nessa semana, treinamos muito (lançamentos). Fomos felizes, e tenho certeza que o mérito é dos treinamentos – disse Uvini.

No Napoli, Uvini trabalhou com Walter Mazzari e Rafa Benitez. Cada técnico tinha um auxiliar responsável pelos defensores – Enzo Contina e Fabio Pecchia, respectivamente. Após os treinos com o grupo, ele e os outros zagueiros realizavam exercícios específicos. O grau de exigência dos italianos era alto, condizente com a tradição do país em formar atletas na posição.

– A Itália, para os zagueiros, é uma escola muito forte. Os treinadores martelam a mesma coisa, movimentação, posicionamento. Ensaiam tanto que acaba entrando na cabeça. O Rafa Benitez ainda gostava de aproveitar os zagueiros como laterais, então você também aprendia a jogar como um defensor pelos lados. Eu fui um jogador para lá e voltei outro – contou.

No Santos, Uvini enfim tem conseguido colocar em prática o que aprendeu na Itália. O zagueiro foi titular nos últimos três jogos no Brasileiro e só não encarou o Londrina, na quinta-feira, pela Copa do Brasil, porque Oswaldo de Oliveira preferiu levar só os reservas ao Paraná. Ele, aliás, chegou ao Peixe como um desconhecido para o próprio técnico, mas o convenceu no dia a dia. Até por isso, o defensor agradece ao comandante pelas oportunidades.

– Ele (Oswaldo) me deu a confiança necessária. Eu me preparei, mas é preciso essa confiança para executar o que é treinado. Essa sequência é o que sempre busquei. É o que procurei aqui no Santos, que me abriu as portas. Trabalhei duro na pausa (da Copa do Mundo), principalmente. É diferente entrar em campo tendo uma sequência, pois você vai evoluindo cada vez mais – disse.

A tendência é que a briga por uma vaga na equipe fique mais acirrada a partir deste mês, com as prováveis voltas de Edu Dracena e Gustavo Henrique – em tese os titulares do setor, que estão sem atuar desde o início do ano devido a lesões no joelho. Uvini sabe que a disputa ficará mais complicada e destacou a qualidade técnica dos zagueiros do elenco.

– Já estava difícil (ser titular) quando cheguei, pois o pessoal que está aí tem muita qualidade. E quando eles (Dracena e Gustavo) voltarem vai ficar mais competitivo, mas é algo sadio. O time é excelente, todos tiveram espaço até agora. Nosso elenco é grande, mas quase todos jogaram. O professor tem feito essa variação, e quem está entrando tem correspondido. Todos ganham com isso – encerrou Uvini, que volta a campo no domingo, às 18h30, contra o Internacional, no Beira-Rio, pela 13ª rodada do Campeonato Brasileiro.

Globoesporte.com

Nenhum comentário: